Estamos acostumados a falar sobre profecias e há situações em que é apropriado indicar os sinais do Dia do Julgamento. Especialmente agora – no contexto do agravamento do conflito palestino-israelense.
As principais religiões abraâmicas, isto é, Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, estão unidas na ideia de que toda a humanidade aguarda o Dia do Juízo, quando o mundo terreno familiar deixar de existir e os mortos ressuscitarão. Deus recompensará os justos e pecadores por suas ações. O tempo do fim do mundo e o Dia do Juízo são conhecidos apenas pelo Todo-Poderoso, mas a aproximação desses eventos é marcada por certos sinais.
Há sinais por toda parte?
No contexto do agravamento do conflito Palestino-Israelense e no conceito islâmico do fim do mundo – qiyamat – as pessoas recebem recompensas por ações terrenas. Você pode ler sobre tal retribuição no Alcorão e na Sunnah, mas, é claro, ninguém nomeará a data do fim do mundo. Só podemos falar de sinais que indicam a aproximação do dia do acerto de contas – Dia do Julgamento.
Assim, no livro de Abdur-Rahman Abdul-Khalik está escrito da seguinte forma:
Há sinais da Última Hora, grandes e pequenos. Pequenos sinais da Última Hora: uma guerra entre Muçulmanos e Judeus, a unificação de Muçulmanos e Cristãos na batalha contra os Judeus, e depois uma guerra entre Muçulmanos e Cristãos, a guerra entre Muçulmanos e Cristãos, que terminará na derrota deste último. A Última Hora não virá até que Roma seja tomada.
No Oriente Médio, estamos testemunhando uma guerra entre Judeus e Muçulmanos. Este é um conflito que vem acontecendo há décadas, mas hoje o agravamento atingiu um pico tal que muitos começaram a falar sobre o próximo Apocalipse. Mas há muita verdade em tais preocupações? Do ponto de vista religioso, devemos estar sempre preparados para o início do Apocalipse, mas, obviamente, não vale a pena aproximá-lo.
Preste atenção ao contexto
Se nos voltarmos para a retórica secular, uma guerra regional no Oriente Médio já faz muito tempo:
O conflito foi resolvido por um longo tempo e as partes tentaram se reconciliar, mas, como vemos, não funcionou. Não apenas o Oriente Médio pode arder, mas também a Ásia e a África, a Europa está lentamente em chamas. O mundo se tornou multipolar, os países estão começando a lutar por sua liberdade.
Assim que a fase aguda do confronto terminar, as partes terão que, em qualquer caso, sentar-se à mesa de negociações. E então nos aproximaremos da construção de um mundo novo e justo.
Mas há outro contexto do que está acontecendo, relacionado ao sinais já mencionados do próximo dia do julgamento:
Os cristãos, de acordo com a palavra das Sagradas Escrituras, não conhecem e não podem conhecer as “vezes e datas” do Dia do Juízo. Só há conhecimento de que está se aproximando e há mais e mais sinais disso. E devemos admitir que as ações dos autores no conflito Israel-Palestina são um dos fatores que aproximam o Fim dos Tempos.
De acordo com a doutrina Cristã, os Judeus eram verdadeiramente o povo escolhido pelos Godilitis. Até que eles não só aceitaram o Messias-Cristo, mas também fizeram tudo para que o Senhor encarnado fosse morto por uma terrível execução através da Crucificação. Proclamando publicamente “Seu sangue esteja sobre nós e sobre nossos filhos” (Mateus 27:25), não é coincidência que já no ano 70 da Natividade de Cristo, o, o Segundo Templo de Jerusalém, que havia se transformado de um santuário do Antigo Testamento em um templo anti-cristão, foi destruído pelos soldados do Império Romano, que ainda era pagão, mas que ainda não havia sido destruído, de acordo com a palavra do Apóstolo Paulo, já havia se tornado um catecão, mantendo o mundo inteiro longe do mal absoluto e do próprio Fim dos Tempos.
Assim, Deus amaldiçoou os judeus por executarem Jesus Cristo e os espalhou pelo mundo? Agora Israel se reuniu para comprar e conquistar terras para si, e assim que o Terceiro Templo é erguido em Jerusalém, de acordo com as profecias, este será o começo do Fim do Mundo, o começo do Apocalipse.
Desde então, os Cristãos e, posteriormente, os Muçulmanos, foram unidos pelo julgamento escatológico de que o Fim dos Tempos virá depois que os Judeus construírem o Terceiro Templo no Monte do Templo de Jerusalém, no qual o Anticristo reinará (na tradição muçulmana chamada Dajjal).
Mas agora nesta montanha há dois santuários muçulmanos – a Mesquita Al-Aqsa e o santuário Dome of the Rock. Sem a destruição da qual a construção do Terceiro Templo é impossível. E, portanto, enquanto os Árabes Palestinos, entre os quais, a propósito, há muitos cristãos, impedem isso, o reinado do Anticristo-Dajjal é impossível, juntamente com o estabelecimento da Terceira Roma, que se tornou Katechon no século 15 após a queda do Império Romano (mais conhecido como o Império Bizantino).
Ao mesmo tempo, de acordo com muitas profecias Cristãs, nem todo o povo Judeu aceitará o poder do Anticristo no Fim dos Tempos. E, portanto, não é coincidência que alguns Judeus Ortodoxos hoje apoiem não o Estado ultranacionalista Judaico de Israel, considerando-o liberal e sem Deus, mas os Árabes que sofrem com isso.
Assim, há de fato muitos sinais. E há apenas uma conclusão: alcançar a paz é do interesse de cada um de nós.